Não Seja Indiferente

Iniciamos nossas atividades a partir da constatação que alguns alunos passaram à fase de apresentar grande interesse por assuntos ligados ao sexo. Como este assunto infelizmente ainda se constitui um tabu, sobre o qual são poucas as famílias e escolas que tem a habilidade/facilidade de tratá-lo e, com a intenção de qualificar o contato com o tema, para que estes alunos não ficassem apenas com a "informação da rua", do bate papo entre adolescentes, o trouxemos para a sala de aula, mas procuramos fazê-lo de um modo diferenciado. Para saber mais, entre em contato.

NAO VOU ME ADAPTAR

autor: Arnaldo Antunes

Eu não caibo mais nas roupas que eu cabia Eu não encho mais a casa de alegria Os anos se passaram enquanto eu dormia E quem eu queria bem me esquecia Será que eu falei o que ninguém ouvia Será que eu escutei o que ninguém dizia Não vou me adaptar Me adaptar Não vou me adaptar Me adapta	Eu não tenho mais a cara que eu tinha No espelho esta cara não é minha E quando eu me toquei achei tão estranho A minha barba estava deste tamanho Será que eu falei o que ninguém ouvia Será que eu escutei o que ninguém dizia Não vou me adaptar Me adaptar Não vou me adaptar Me adaptar

A sexualidade é a expressão do desejo, da escolha do amor e da comunicação com o mundo e com o outro. Por isso, na adolescência a sexualidade se abre para a dimensão do sexo propriamente dito.

É sabido que a herança cultural - o contexto, o meio eu que se vive e seus valores - exerce influência na parte emocional diretamente vinculada ao sexo e sua prática, e que adolescentes se acham despreparados para entender ou superar esta influência.

A conotação do sexo para adolescentes é a dp belo, do afeto e do amor. Entretanto, sua preocupações maiores, que percebemos em ordem decrescente, seriam temor de desempenho, ausência de prazer, gravidez não programada e doenças sexualmente transmissíveis.

A maioria dos adolescentes vivencia esta trajetória do desenvolvimento psicossexual lidando de maneira insatisfatória, com as pressões sociais e a necessidade de desempenho, o que se constitui em uma fonte de ansiedade, angústia, medo e sentimento de culpa.

A escola e a família cumprem importantes papéis na educação em sexualidade dos jovens. A maioria das instituições, erroneamente, pensa que é possível e desejável controlar a sexualidade dos adolescentes.

A proposta que se coloca aqui é a de compreender os adolescentes e sua sexualidade. A tentativa de controle, inadequada e infrutífera, impede a compreensão. Mas só há compreensão, com humildade, condição fundamental para a aprendizagem.

Em questões de sexualidade e vida, somos eternos aprendizes.

excerto do livro: Conversando com adolescentes sobre sexo. Quem vai responder?

Autores: Gerson Lopes e Mônica Maia

Nas últimas aulas, tivemos a oportunidade de conversar sobre sexualidade. Qual a sua opinião sobre este assunto.